Mais NotÃcias
Construção fatura mais de cinco mil milhões no estrangeiro
De acordo com os dados recolhidos pela AECOPS e divulgados na análise “Os números da internacionalização em 2017â€, o volume de negócios obtido pelo setor da Construção nacional no exterior rondou os 5.059 milhões de euros, traduzindo um aumento de 12% em relação a 2016 e passando a representar cerca de 2,6% do PIB, ou seja, mais 0,6 p.p. em relação ao ano anterior. A carteira de encomendas, por seu turno, atingiu os 5.431 milhões de euros, o que equivale a um acréscimo de 28% face a 2016.
A análise da AECOPS identifica ainda as causas na origem deste volte face, aponta as zonas geográficas com maior peso relativo nas contas internacionais das empresas do Setor e perspetiva a evolução da sua atividade em diversos mercados estrangeiros. Prevê-se, por exemplo, um crescimento global da produção nos mercados internacionais, decorrente do aumento de novos contratos celebrados, sobretudo em Ãfrica, enquanto na América Central e do Sul, onde se verificou uma quebra da carteira de encomendas, as expectativas são menos favoráveis.
O estudo demonstra que Ãfrica, que representa 48% do volume de negócios e 75% do total da carteira de encomendas do Setor no exterior, continuou a ser o mercado com maior presença de empresas portuguesas. Ali, estas obtiveram uma faturação em torno dos 2,4 mil milhões de euros (+12% face a 2016) e a sua carteira de encomendas, que superou os 4 mil milhões de euros, cresceu nada menos que 43%.
O segundo mercado externo para as construtoras portuguesas é a América Central e do Sul, onde o volume de negócios se situou acima dos 2 mil milhões de euros (+22%) e a carteira de obras contratada rondou os 908 milhões de euros (-10%).
Por fim, na Europa o volume de negócios cifrou-se nos 526,2 milhões de euros (-3%) e a carteira de encomendas, que aumentou (+31%), somou um total de 456,8 milhões de euros.
O documento da AECOPS revela igualmente os 10 principais mercados externos do Setor em volume de negócios e em novos contratos, mas não só, pois “Os números da internacionalização em 2017†é um trabalho que se encontra profusamente ilustrado com gráficos e quadros estatÃsticos anuais, de 2006 a 2017, permitindo, assim, retirar conclusões em muitos outros aspetos para além dos acima já referidos.